Viajar com Cão-Guia – Como funciona, Regras e Dicas!

Viajar com Cão-Guia
- Escrito por: Leila Simões

Os deficientes visuais muitas vezes precisam do auxílio do cão-guia para realizarem as suas tarefas diárias de forma mais independente, como andar na rua, pegar transportes públicos, transitar em áreas com obstáculos, dentre outras. Logo, os cães-guia não são simples companheiros, pois eles realizam um trabalho importantíssimo e que deve ser valorizado. Por isso, viajar com cão-guia também é uma necessidade dos deficientes visuais que contam com este auxílio.

Comumente, estes animais são das raças Golden Retriever, Labrador e Pastor Alemão, pois estes são cães que, por sua natureza, são treinados mais facilmente e atendem comandos de forma mais rápida. Os filhotes são treinados e apenas cerca de 70% deles são aprovados, na etapa final, para realmente se tornarem cães-guia. Após o treinamento, os cães são apresentados para os seus acompanhantes e começa o período de teste.

Como mencionamos, o cão irá auxiliar o deficiente visual em todas as tarefas diárias, avisando-o quando houver obstáculos, guiando-o pelas ruas, assistindo-o em viagens, etc. Para que possa entender exatamente como funciona viajar com cão-guia, confira a matéria abaixo.

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Como funciona?

Cão guia

Fonte: Novorio

Primeiro, é necessário mencionar que o cão-guia é utilizado por deficientes visuais para que estes consigam se locomover e realizar atividades diárias com mais facilidade. Logo, o cão-guia não é considerado apenas um animal de estimação.

Devido à esta importância dos cães-guia e também a sua necessidade, a Lei N° 11.126, em seu primeiro artigo, determina que é direito da pessoa deficiente visual, com cegueira ou baixa visão, entrar e permanecer com o cão-guia em meios de transporte abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo.

Por isto, é um direito e determinação legal que as pessoas com deficiência visual fiquem com o cão em meios de transporte, inclusive ônibus, aviões, trens, dentre outros.

Viajar com cão-guia é, devido à este esclarecimento legal, algo relativamente fácil de ser feito. O deficiente visual deve comprar o seu assento normalmente, mas a companhia de transporte deverá o assegurar o assento preferencial que tenha o maior espaço livre à sua volta ou uma outra passagem.

Porém, não podem ser cobrados quaisquer valores adicionais por estas facilidades, de acordo com o artigo 1°, § 5o , do Decreto N° 5.904. Comumente, as companhias pedem que o indivíduo acompanhado por um cão-guia comunique esta questão previamente e que cumpra certas regras, sobre as quais iremos falar abaixo.

Quais são as regras para o transporte do cão-guia?

Cachorro sentado na guia

Fonte: Jornal sol sapo

Existem algumas regras básicas para viajar com cão-guia e transportá-lo. Elas são determinadas pelo 3° artigo do Decreto N° 5.904 e tratam a respeito da identificação e comprovação de treinamento do animal.

Primeiro, o cão deve possuir uma carteira de identificação e uma plaqueta de identificação, que tenham sido fornecidas pelo centro que o treinou, com algumas informações. No caso da carteira de identificação, ela deve conter:

  • Nome do usuário e do cão-guia.
  • Nome do centro de treinamento ou do instrutor responsável pelo treinamento do animal.
  • CNPJ do centro de treinamento ou do treinador, ou CPF, caso tenha sido um instrutor autônomo.
  • Foto do usuário e do cão-guia.

No caso da plaqueta de identificação, ela deve possuir as seguintes informações:

  • Nome do usuário e do cão-guia.
  • Nome do centro de treinamento ou do instrutor responsável pelo treinamento do animal.
  • CNPJ do centro de treinamento ou CPF do instrutor autônomo.

Além disso, para viajar com cão-guia também é preciso portar a carteira de vacinação atualizada assinada por um veterinário, que comprove a vacinação contra raiva e outras doenças, e uma coleira, guia e arreio com alça.

Estas são as principais regras, determinadas pela legislação brasileira, e que também são adotadas, obrigatoriamente, pelas empresas de transporte.

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Dicas para a sua viagem!

Cachorro na guia

Fonte: Edestinos

Como mencionamos, viajar com cão-guia é algo relativamente fácil, caso o indivíduo que o usa siga todas as regras mencionadas acima. E, como pode-se ver, são poucas as regras. Porém, também é bom seguir algumas dicas, que farão a viagem ser muito mais tranquila e agradável para todos. Principalmente quando for em um transporte público.

Primeiramente, antes mesmo da viagem, é recomendado consultar no site da companhia de transporte, principalmente as áreas. Pois as suas regras e solicitações específicas para o transporte de cães-guia, caso as tenha.

A Air New Zealand, por exemplo, requer que os indivíduos informem a empresa sobre o cão-guia com, no mínimo, 48 horas de antecedência, para que ela possa se programar e realizar as mudanças necessárias.

Já a Azul exige que também seja apresentado um Certificado de Saúde na hora do embarque, com validade de até 10 dias, e que o cão-guia tenha mais que 4 meses de vida. E, a Latam pede que o cão-guia utilize focinheira para voos com conexão no exterior.

Também, outra dica importante é limitar a quantidade de água que o cão-guia irá ingerir algumas horas antes da viagem. Caso o trajeto seja longo, levar um tapete absorvente. Porém, algumas empresas, como a Air New Zealand, fornecem este tapete.

Foto de perfil - Leila Simões
Leila Simões
Sou uma agente de viagens profissional. Através de dicas de viagens, divido experiências que coleciono ao longo de mais de 10 anos de histórias viajando ao redor do mundo.
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